Após os triunfos ante Carvalhos e Marítimos, a turma de Pedro Sampaio encontrou na Sanjoanense mais um duro obstáculo, no caminho rumo à I divisão. Com uma primeira parte de grande nível, a laranja mecânica saiu para o intervalo com magra vantagem (2-1), face ao domínio exercido. Os golos de Diogo Fernandes foram ensombrados por um lance de pura infelicidade, com a bola a embater em Joel Coelho e a trair Leonardo Pais.
A segunda parte conheceu mais golos e mais emoção. Os visitantes chegaram à assustar, empatando a partida (2-2). Mas, quem tem Diogo Fernandes pode estar mais descansado. Noite de glória do camisola 7 laranja, apesar deste ter desperdiçado dois livres diretos. Mais estável em termos emocionais, a formação da Princesa do Lima controlou os nervos, quando a meio da segunda parte, após admoestação com cartão azul aos dois treinadores, com a Juventude a marcar em situação de “power play” (4x3) e em igualdade numérica (4x4) e segurando o marcador em situação de inferioridade.
Parece estar de volta ao seu melhor, uma Juventude de Viana que tem em Nuno Almeida, Jorge Vieira, Joel Coelho e Nuno Félix – ele que partilhou a ficha de goleadores da noite de sábado – um quarteto que está na vanguarda de um valor seguro do hóquei nacional: Diogo Fernandes. A Juventude está na vice-liderança, a um ponto do comandante, após um triunfo justo, num jogo em que a laranja foi uma equipa que quis sempre vencer.
Juventude de Viana
Cinco Inicial: Leonardo Pais, Jorge Vieira, Nuno Almeida, Nuno Félix e Diogo Fernandes
Jogaram Ainda: Joel Coelho e João Pedro
Treinador: Pedro Sampaio
Marcador: 1-0, Diogo Fernandes; 1-1; 2-1, Diogo Fernandes; 2-2; 3-2, Diogo Fernandes; 4-2, Diogo Fernandes; 5-2, Nuno Félix; 6-2, Diogo Fernandes; 6-3
Um a Um
Diogo Fernandes – O verdadeiro herói laranja. Noite de gala, com cinco golos que tornam o jovem avançado num dos melhores marcadores da II divisão – já são 46 golos em 18 jogos. Notável capacidade goleadora e de assumir o risco de alvejar as redes contrárias, na hora em que a equipa mais precisa. Terá de ter um pouco mais de cuidado, pois viu a dupla de arbitragem “castigar-lhe” por duas supostas simulações.
Leonardo Pais – Sem culpas nos golos. No primeiro, acaba traído pelo toque de Joel Coelho. No segundo, defende o primeiro remate, com a recarga a ser feita junto à sua área. Por fim, uma verdadeira bomba, que ainda terá desviado em Jorge Vieira. Destaque para a sua postura perante a Sanjoanense que teve três livres diretos e não converteu nenhum. Revelou sempre muita segurança.
Nuno Almeida – Começou o jogo algo nervoso, cometendo algumas faltas, regressando ao banco após ver o cartão azul (10´). Importante para suster a reação visitante, a abrir a segunda parte, sofrendo a falta da qual resultou um cartão azul para um jogador da Sanjoanense que esteve na origem da mini confusão gerada a meio do segundo tempo. Bem a defender.
Jorge Vieira – Pouco se dá pela sua presença em campo, contudo, inversamente proporcional é a sua utilidade em campo. Jorge Vieira funciona como o verdadeiro motor da Juventude, imprimindo velocidade ao jogo nas saídas em transições, e importante na pressão sobre o portador da bola.
Nuno Félix – Longe da forma de outros tempos, a sua experiência faz lei em Monserrate. Criou inúmeras situações de perigo, que Diogo soube transformar em golo. Apontou o seu golo, e ajudou a serenar a Juventude numa fase crucial do encontro. A abrir a segunda metade, fez estremecer a barra da baliza visitante.
Joel Coelho – Primeira opção a saltar do banco. Imponente a defender, voltou a ser influente nas missões de fechar os caminhos das redes de Leonardo Pais. Perto do fim, viu o cartão azul, numa falta necessária. Missão de sacrifício, plenamente cumprida.
João Pedro – Entrou a sete minutos do fim, para dar maior velocidade ao jogo, naquele período, fazendo descansar Diogo. Procura ser sempre uma linha de passe para os colegas, estando bem a defender.
João Cerqueira Santos
Sem comentários:
Enviar um comentário
O Desporto em Viana publicará na integra os comentários devidamente identificados. Os textos que não respeitem esta condição serão analisados, ficando a sua publicação pendente do teor dos mesmos.